A perda da verdadeira essência da Umbanda: como o dinheiro e a vaidade estão destruindo a religião
Zélio de Moraes, o organizador da religião de Umbanda através do Caboclo das Encruzilhadas, já alertava sobre as três coisas que poderiam acabar com a vida mediúnica na Umbanda: o sexo, a vaidade e o dinheiro.
Infelizmente, atualmente, estamos testemunhando a realização dessa previsão.
Indivíduos mal preparados e sem a mínima condição estão se passando por sacerdotes de Umbanda, oferecendo cursos e desenvolvimento de mediunidade on-line, expondo pessoas sensíveis a toda forma de riscos psíquicos, mentais e emocionais.
Estão “fabricando médiuns” on-line, como se fosse uma produção em série e em alta quantidade.
É uma forma de desrespeito à religião de Umbanda e aos seus praticantes.
Essas pessoas mal intencionadas estão simplesmente usando a Umbanda como um produto para ser vendido online, alguns até com estratégias de marketing digital.
Esperamos que Zambi nos proteja e que esses falsos fariseus recebam a justiça divina de Xangô.
É importante lembrar que a Umbanda é uma religião baseada em princípios espirituais e morais e não deve ser vista como uma oportunidade para ganhar dinheiro ou se tornar famoso.
A mediunidade é uma dádiva sagrada e deve ser tratada com respeito e humildade.
É um grande desrespeito com os espíritos que trabalham na Umbanda e com os seus praticantes, usar a religião como uma fonte de lucro.
É fundamental que os sacerdotes de Umbanda sejam preparados, em verdadeiros Templos de Umbanda, e capacitados para desempenhar seu papel, tendo como base os princípios espirituais e morais da religião, guiados pelo amor e pela humildade, e não pelo desejo de poder ou riqueza.
A Umbanda não é uma fonte de renda, é uma religião sagrada que deve ser praticada com amor e respeito.
É importante que os praticantes de Umbanda sejam vigilantes e se certifiquem de que os sacerdotes que estão seguindo são verdadeiros representantes da religião, informados e educados sobre os princípios e valores da Umbanda, para que possam reconhecer e evitar esses falsos sacerdotes.
É triste ver a Umbanda sendo usada para fins comerciais e egoístas, mas é importante continuar lutando pela verdade e pela preservação dos princípios espirituais da religião. Devemos sempre lembrar que a Umbanda é uma fonte de luz e amor, e não deve ser corrompida pelos interesses mundanos. A Umbanda é uma religião sagrada e deve ser tratada como tal, com respeito e reverência.
Cabe a nós, como praticantes, lutarmos contra essas forças negativas e preservarmos a pureza espiritual da nossa religião.
Devemos ser vigilantes e sempre buscar a verdade, não cedendo à tentação do dinheiro e da vaidade.
Somente assim, poderemos preservar a Umbanda como a fonte de luz e amor que ela é.
São Vicente, 17/01/2023
Manoel Lopes