Umbanda – Religião do Terceiro Milênio
O Instituto Mata Verde convida todos os irmãos umbandistas para uma reflexão mais aprofundada sobre a Umbanda, sua natureza e seus fins.
Os amigos já devem ter notado que, na página principal do site, incluímos a frase “Um Novo olhar sobre a Vida” e poderíamos também dizer “Um Novo Olhar sobre a Umbanda”, este é o sentimento que possuímos, neste momento, como umbandista.
Queremos sugerir a todos que façam uma reflexão sobre este assunto, reflitam sobre a Umbanda, sobre a finalidade da umbanda, sobre a finalidade da vida humana, sobre nossa existência, sobre a importância do planeta Terra e sobre o que estamos fazendo aqui e agora.
Na Umbanda cultuamos forças espirituais vinculadas a natureza e qual é nossa relação com a natureza?
Quais nossos cuidados com a mãe Terra?
Quais os nossos compromissos com o planeta e com os demais habitantes deste orbe.
Quais os compromissos e comprometimentos com as demais pessoas que convivem conosco neste tempo e espaço.
Quais os nossos compromissos e cuidados com a vida existente no planeta?
Embora o conhecimento científico, esteja sendo compartilhado de forma acelerada e rápida, através das redes sociais, observamos que o ser humano ainda continua muito pequeno em sua visão do mundo e universo.
De suas relações intrínsecas com a vida do planeta.
As pessoas, de uma maneira geral, se apequenaram nos valores morais e éticos.
O fanatismo, o orgulho e o egoísmo parecem dominar os diálogos (na realidade monólogos) nas redes sociais e fora delas também.
Muitas pessoas ficaram vítimas destas forças invisíveis que são as redes sociais, muitas estão presas e cegas nas bolhas sociais criadas artificialmente pelos algoritmos que controlam estas redes.
Viver se transformou em sinônimo de ser escravo do consumo.
As pessoas buscam a felicidade, iludidas que serão felizes através do consumo dos bens materiais, mas nunca encontram a tão almejada felicidade. Muitas se vangloriam de ter matado Deus, são ateístas, dizem não precisar de Deus e de qualquer força espiritual.
Normalmente encontram o estresse, a ansiedade e a depressão.
Consumir e possuir parecem ser a única finalidade da vida.
Um consumismo desenfreado e neurótico.
Uma vida sem um sentido maior, que leva muitas vezes os jovens ao desequilíbrio psíquico, ao desespero, a depressão e muitas vezes ao suicídio.
A OMS — Organização Mundial da Saúde — alerta que o suicídio é a terceira causa de mortes de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos.
No Brasil, cerca de 12 mil pessoas tiram a própria vida por ano, quase 6% da população. No mundo, são cerca de 800 mil suicídios anuais. O Brasil só perde para os EUA.
O fanatismo e agressividade se manifestam livremente em todos os lugares, a falta de espiritualidade é flagrante.
Embora ainda existam nichos resistentes a estes comportamentos lamentáveis, temos a impressão que uma avalanche derruba e arrasta todos os seres humanos, jovens e idosos, que tentam resistir a estas mudanças.
É necessária urgentemente uma reflexão sobre a natureza humana, sobre o espírito humano e sobre a vida.
A Umbanda é um dos nichos sociais resistentes nesta sociedade desequilibrada e desorientada.
A Umbanda pode contribuir muito para o retorno ao equilíbrio, com sua visão humanista, com valores como a caridade, a humildade e o respeito as tradições.
A felicidade encontrada nas coisas simples, em ser útil a todos que buscam ajuda nos Terreiros, Tendas e Templos Umbandistas.
O umbandista sabe que a busca da felicidade, tão almejada por muitos, não está no consumismo desenfreado e sim no amor que oferecemos aos semelhantes.
Um caminho simples, recheado de amor, simplicidade e humildade.
Um caminho espiritual dedicado em ser útil ao semelhante.
Umbandistas!
Vamos nos unir e quebrar estes laços negativos que as trevas utilizam para dominar os fracos de espírito.
Umbanda é a religião do terceiro milênio.
Os tempos chegaram!
São Vicente, 10/02/2021
Manoel Lopes
Artigo publicado na revista UMBANDA – 26 de Fevereiro/2021.
Fontes: http://www.saude.ba.gov.br/2020/09/10/oms-alerta-suicidio-e-a-3a-causa-de-morte-de-jovens-brasileiros-entre-15-e-29-anos/